Oficinas “O ensino de história da África na sala de aula”: produzindo conhecimentos e socializando experiências

quinta-feira, 23 de setembro de 2010



Para quem não teve oportunidade de participar de alguma das oficinas aí vai um “gostinho” do que tem sido produzir conhecimentos, socializar experiências e se divertir, tudo ao mesmo tempo.


Vocês conhecem esse cumprimento muito utilizado na África do Sul?
     _SAWABONA! Quer dizer: "Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante para mim"!
    _SHIKOBA! Que significa : "Então eu existo para você"!
As oficinas têm reunido professores de Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais, sempre 3ª e 5ª feira (de 19/08 a 16/09), em lugares previamente combinados com os participantes: Oficina Pedagógica da DRE, CEE, CEF 308 e CEF 213. O conteúdo das oficinas privilegia uma parte teórica sempre aliada a uma atividade prática, com mostra de material e fontes de pesquisa. O entusiasmo e a participação dos inscritos fez com que algumas oficinas fossem prolongadas além das datas previstas no início do Ciclo.
Para que vocês não fiquem só imaginando como tudo tem acontecido vamos socializar alguns momentos inesquecíveis!
Oficina 1- Ouvir e contar histórias- Trabalhando conteúdos de afro- brasilidade por meio da literatura Infantil
"A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome."      (Provérbio africano)






Os objetivos do encontro foram:
ü  Ressaltar a importância de trabalhar a história da África na sala de aula utilizando metodologias lúdicas que promovam aprendizagens significativas;
ü  Reconhecer a literatura infantil e juvenil como possibilidade pedagógica de abordagem da temática étnico-racial na sala de aula;
ü  Explorar os vários estilos e gêneros literários e identificar a tradição oral africana como elemento fundamental de disseminação da cultura.
Trabalhamos a importância da tradição oral para a sociedade africana, o material “Livros animados” da Cor da Cultura, estilos variados de histórias, gêneros literários, livros de imagens, produção coletiva de histórias e ainda tivemos contato com um grande número de obras literárias que abordam a temática racial e da cultura africana.
OFICINA 2- A arte como linguagem para trabalhar os conteúdos relacionados à diversidade étnico-racial


 Nea onnim no sua a, ohu.   
Você conhece esse símbolo africano? Então preste atenção!
Sua tradução é: "Quem não sabe, pode saber aprendendo".
É o símbolo do conhecimento, da instrução ao longo da vida e da procura continuada para o conhecimento. Os símbolos africanos conhecidos como Adinkra estão presentes em Gana, país do oeste Africano, situado entre a Costa do Marfim e Togo. Em roupas e paredes, em cerâmica e logotipos, os símbolos dos Asantes podem ser encontrados em todos os lugares.
Os objetivos do encontro foram:
ü  Destacar a importância de trabalhar a história da África na sala de aula utilizando metodologias lúdicas que promovam aprendizagens significativas e articulando todas as áreas de conhecimento;
ü  Reconhecer a linguagem artística como possibilidade pedagógica de abordagem da temática etnicorracial na sala de aula;
ü  Enfatizar os laços Brasil-África no que diz respeito à influência nas várias manifestações artísticas: música, dança, poesia, teatro e artes visuais.


Iniciamos a oficina com um trabalho de corpo, à convite da profª Angela Amoras que desenvolve no CEE de Santa Maria, um projeto de capoeira e outros ritmos de oriegm africana envolvendo alunos com necessiades especiais. A atividade logo fez com que todos entrassem na roda, junto com os alunos do projeto. Contamos também com a participação do prof. Thiago Baldez. Jogamos capoeira, dançamos o samba de roda, o jongo e o maculelê.










Ao chegarmos ao auditório ganhamos pulseirinhas coloridas para trabalharmos explorando as possibilidade pedagógicas das linguagens artísticas: Cênicas, plásticas e musicais.
Confeccionamos também uma bonequinha abayomi para entregarmos a um amigo com o que de melhor temos a oferecer. Mais interessante que tudo isso foi conhecer a história dessa boneca e a simbologia que ela representa. Quer saber?


Boneca de pano, de formas e tamanhos variados, sempre negra, de confecção muito simples, que não utiliza cola nem costura e os retalhos são apenas amarrados.Valoriza a cultura afro e contribui para o reconhecimento da identidade afro- brasileira. O nome é comum na África do Sul.
ABAYOMI: ABAY= ENCONTRO OMI= PRECIOSO
Abayomi do Yorubá (feminino) significa encontro feliz, encontro precioso, ou aquele que traz felicidade ou alegria. Pode ser traduzida como: Ofereço para você o melhor que eu tenho em mim? ou Aquela que traz minhas qualidades? Em viagens para o Brasil, nos navios negreiro, as mulheres rasgavam a barra da saia e faziam Abayomis para as crianças brincarem.... E já aqui como escravos, reuniam-se todos os dias na senzala e confeccionavam as Abayomis pedindo saúde e prosperidade.  






Oficina 3: Com as mãos na África- Confeccionando jogos e materiais para o ensino da história da África.


Para os africanos, o jogo não é dissociado da política, trabalho e prazer, enfim, é saber buscar e retirar das experiências do dia a dia valores que realimentam as energias para a labuta diária e as transformações necessárias para o bem de todos.        Silva (2006)
Os objetivos do encontro foram:
ü  Identificar jogos africanos, sua história, localização e possibilidades pedagógicas;
ü  Destacar a importância de trabalhar a história da África na sala de aula utilizando metodologias lúdicas e recursos variados que promovam aprendizagens significativas e articulando todas as áreas de conhecimento;
ü  Confeccionar jogos e/ou materiais didáticos que possibilitem a abordagem do tema de forma lúdica e interativa;
ü  Socializar experiências de sala de aula envolvendo a utilização de jogos e materiais didáticos acerca do ensino da história da África.


Você sabia que a MANCALA é o jogo mais antigo do mundo?
Mancala em árabe (naqaala) significa mover. O jogo representa a semeadura,a plantação, o futuro.É jogado por duas pessoas e possui uma regra única no mundo dos jogos.Você não pode deixar seu adversário sem sementes.Ganha aquele que possuir mais sementes em seu reservatório.